Somente a Igreja Católica tem 2000 anos?

15/04/2014 13:15
Pela história da Igreja Católica você pode ver com clareza a sua divindade. Daí se pode ver como se cumpriu até aqui a promessa de Jesus a Pedro: "As portas do inferno jamais prevalecerão sobre ela (...)" (Mt 16,18).
    Nenhuma instituição humana sobreviveu a tantos golpes, perseguições, martírios e massacres durantes 2000 anos; permanecendo intacta; e nenhuma outra instituição humana teve uma sequência ininterrupta de governantes. Já são 264 Papas desde Pedro de Cafarnaum até João Paulo II, da Polônia. Eram 12 Apóstolos, hoje são cerca de 4000 bispos, seus sucessores.
    Esta "façanha" só foi possível porque ela é verdadeiramente divina; divindade esta que provém Daquele que é a sua Cabeça, Jesus Cristo, e da sua alma, o Espírito Santo.
    Podemos dizer que, humanamente falando, a Igreja Católica, como começou, tinha tudo para não dá certo. Ao invés de escolher os "melhores" homens do Seu tempo, generais, filósofos gregos e romanos, etc.; Jesus preferiu escolher doze homens simples da Galileia, naquela região desacreditada pelos próprios Judeus. "Será que pode sair alguma coisa boa da Galiléia?" Natanael perguntou a Filipe. 
     Jesus escolheu os fracos e pequenos, exatamente para deixar claro a todos os homens, de todos os tempos e lugares, que a Igreja é uma Instituição divina, que cresceria e viveria pelo poder de Deus, mais do que pela ação dos homens, e apesar dos seus pecados. E sempre foi assim. Sempre que a Igreja Católica parecia sucumbir nas tormentas do mundo, surgia uma força invisível que a sustentava e reerguia; na maioria das vezes aconteceu pela ação dos santos, os gigantes da Igreja.
    Aqueles Doze homens simples, pescadores na maioria, "ganharam o mundo para Deus", na força do Espírito Santo que o Senhor lhes deu no dia de Pentecostes.
    "Sereis minhas testemunhas (...) até os confins do mundo." (At 1,8), Jesus lhes disse na despedida.
    Pedro e Paulo, depois de levarem a Boa Nova da salvação aos Judeus e aos gentios da Ásia e Oriente Próximo, chegaram a Roma, a capital do mundo, e ali plantaram o Cristianismo para sempre. Pagaram com suas vidas, sob a mão criminosa de Nero, no ano 67, juntamente com tantos outros mártires, que fizeram o escritor cristão Tertuliano de Cartago (220) dizer que: "o sangue dos mártires era semente de novos cristãos."
    Estimam os historiadores da Igreja em cem mil mártires nos três primeiros séculos de perseguição do Império Romano. Mas estes homens simples venceram o maior Império que até hoje o mundo já conheceu. Aquele que conquistou todo o mundo civilizado da época, não conseguiu dominar a força da fé. As perseguições se sucederam com os Césares romanos: Nero, Trajano, Décio, Domiciano, Diocleciano, etc..., até que o imperador Constantino, cuja mãe se tornara cristã, Santa Helena, se converteu ao Cristianismo, por volta do ano 300. 
     No ano 313 Constantino assinou o Edito de Milão, proibindo a perseguição dos cristãos, depois de três séculos de sangue. Depois, no ano 380, o Imperador Teodósio, cristão, declarava o Cristianismo como a religião oficial de todo Império... Estava revogado o paganismo em Roma.
      Depois disso, o Imperador Juliano, chamdo pela História, o "apóstata", ainda tentou eliminar o Cristianismo, mas não conseguiu, já era tarde, o Cristianismo já tinha se tornado suficientemente forte; e Juliano no leito de morte exclamava: "Tu venceste, ó galileu!".
      Assim, meu amigo, o grande Império Romano, o maior que a História já conheceu, se ajoelhou diante da Cruz e da Igreja Católica! É impressionante  que a Igreja conquistou Roma, não pela força das armas, mas pela força da fé e do sangue.
     São Paulo diz que "na plenitude dos tempos Deus enviou o seu Filho ao mundo (...)" (Gálatas 4,4). Essa "plenitude dos tempos" aconteceu durante a existência do Império Romano. O bispo e escritor cristão do século II, da Palestina, Orígenes (220) disse que: 
    "Querendo Deus que todas as nações estivessem preparadas para receber a doutrina de Cristo, a Providência divina submeteu-as todas ao Imperador de Roma." 
 
     O mesmo dizia Prudêncio (348-410), escritor cristão e conselheiro do imperador Teodósio: 
   "Este é o sgnificado das vitórias e dos triunfos do Império. A paz romana preparou o caminho para a vinda de Criscristãos um revoltado, um conspirador, um assassino". "Nós nos multiplicamos quando nos ceifam". "Sanguis martyrum est semen christianorum."
         A marca impressionante desta Igreja invencível e infalível, esteve sempre na pessoa do sucessor de Pedro, o Papa. Cerca de 30 primeiros papas sucessores de Pedro foram também mártires.
   Os Padres da Igreja, os seus primeiros teólogos cunharam uma frase que ficou célebre: "Onde está Pedro, está a Igreja; onde está a Igreja está Cristo". 
   Isto é, não existe Igreja de Jesus Cristo, sem Pedro. 
   Depois, então, da perseguição romana, vieram as terríveis heresias. O demônio nunca dará tréguas à Igreja. Já que não conseguiu destruir a Igreja, a partir de fora, tentou fazê-lo a partir de dentro. De alguns Patriarcas das grandes sedes da Igreja, Constantinopla, Alexandria, Antioquia, Jerusalém, e outras partes, surgiram falsas doutrinas, ameaçando dilacerar a Igreja por dentro. Era o pelagianismo, o maniqueísmo, o gnosticismo, o macedonismo, nestorianismo, etc... 
    Mas o Espírito Santo incumbiu-se de destruir todas elas, e o barco da Igreja continuou seu caminho até nós. Nos primeiros concílios ecumênicos, especialmente os de Niceia (325), Constantinopla 1º (381), Éfeso (431), Calcedônia (451), Constantinopla 2º (553) e Constantinopla 3º (681), as heresias foram todas vencidas e condenadas.  Nestes séculos foram entendidas e firmadas as grandes verdades da fé católica, que rezamos no Creio. 
    Cristo deixou a Sua Igreja na terra como "a luz do mundo" e "à coluna e sustentáculo da verdade" (1Tm 3,15).
      Depois que desabou o Império Romano do ocidente, quando Roma caiu nas mãos dos bárbaros (visigodos, ostrogodos, lombardos, francos, alamanos, hunos etc. ), em 476, coube à Igreja Católica o papel de mãe destes filhos abandonados nas mãos dos bárbaros, pois, desde o ano 330 o imperador Constantino, temendo os bárbaros, já tinha transferido a sede do império para o oriente, em Bizâncio, que passou a se chamar Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia. 
     Lactâncio (Luccius Caccilius Firmianus, 260-325), apologista cristão, dizia desde o século III: "Somente a Igreja sustenta tudo". 
     Não havia outra Igreja senão a Católica.
     No cenário confuso e desolador dos bárbaros ia sendo cada vez mais respeitada e solicitada a autoridade do Bispo de Roma (o Papa), que então exercia o papel de defensor das populações então devastadas.
     São Leão Magno, Papa (440-461) e doutor da Igreja, enfrentou Átila, rei dos hunos, às portas de Roma, e impediu que este bárbaro, o "flagelo da História", destruísse Roma; o mesmo fez depois com o bárbaro Genserico. 
     Aos poucos a Igreja foi cristalizando também os bárbaros, já que esta é a sua missão, até que o rei e a rainha dos francos, Clovis e Clotilde, receberam o batismo no ano 500. Era a entrada maciça dos bárbaros no cristianismo. Isto só foi possível graças aos milhares de evangelizadores, muitos santos, que percorreram toda a Europa anunciando a salvação trazida por Jesus ao mundo.
     A admiração pela Igreja, e o reconhecimento do seu trabalho, foi fazendo com que muitos nobres, ao morrer, deixassem suas terras ao Papa. Tudo isto fez com que surgisse em torno do Papa um Estado Pontifício, dentro da Itália de hoje. Isto foi reconhecido oficialmente pelo chefe do reino dos Francos, Pepino o Breve, que dominava o ocidente. No Natal do ano 800, na Catedral de Reims, na França, o rei francos Carlos Magno, filho de Pepino o Breve foi coroado pelo Papa. Assim, também os bárbaros se rendiam à fé de Cristo e da Igreja Católica. Também eles se joelharam diante Cruz, e a civilização cristã ocidental foi salva pela Igreja. Muitos historiadores escondem isto. 
    Assim surgiou o Estado Pontifício que durou do ano 756 até 1929 com o Tratado de Latrão, que reduziu - pelas armas - o Vaticano apenas a 0,44 km² de hoje (menor Estado independente do mundo). 
    É preciso dizer que o Estado Pontifício original foi tomado da Igreja, na guerra de unificação da Itália em 1870. 
   Por tudo isto, em toda a Idade Média (452-1542) predominou a marca do Cristianismo na Europa. Não havia nada além do Cristianismo; falava-se da civilização da Cristandade, da qual somos herdeiros, e que moldou os valores morais e éticos da sociedade ocidental. 
   Nesta época, tudo era católico, respirava-se a fé. Surgiram as mais belas Catedrais que o mundo já viu, como a bela expressão da fé; as Cruzadas ao Oriente, no zelo de defender a fé e libertar a Terra Santa profanada pelos mulçumanos; surgiram as primeiras Universidades pelas mãos da Igreja, etc. 
   Lamentavelmente, em 1517 o monge agostiniano, Martinho Lutero, fundou a igreja luterana. Veja bem, 15 séculos depois! é o caso de se perguntar: será que Jesus e o Espírito Santo teriam abandonado a Igreja por 15 séculos, deixando-a errar o caminho?... jamais!
    As demais comunidades protestantes que existem hoje (mais de 20.000 denominações!) foram derivadas das protestantes originais. Somente a Igreja Católica existiu no século I, no século X e no século XX, ensinando fielmente a doutrina que Cristo entregou aos Apóstolos, sem omitir nada. Nenhuma outra igreja pode pretender ser a Igreja que Jesus fundou.
   Essas comunidades protestantes só têm a Bíblia, porque a herdaram da Igreja Católica. Ora, se a Igreja Católica estivesse errada, então, como eles podem usar a mesma Bíblia, que a Igreja compôs? É uma incoerência. 
   Sim, como já dissemos, foi a Igreja Católica quem compôs a Bíblia. Nenhum livro da Bíblia traz o seu Índice. Foi a Igreja, em muitos sínodos de Bispos, quem discerniu os livros inspirados. Lamentavelmente os portestantes excluíram dela sete livros (I e II Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico, Tobias, Ester, Judite), que os Judeus, no século I, excluíram do Antigo Testamento por razões nacionalistas, mas que a Igreja Católica considerou inspirados, desde o seu início. 
   A Igreja, como Jesus avisou, sempre esteve ameaçada; nos tempos modernos levantaram-se contra ela as forças do materialismo, do racionalismo, do comunismo, do nazismo, que fizeram milhares de mártires cristãos, especialmente neste triste século XX que chegou ao fim marcado por tantas ofensas a Deus.
   Certa vez Stalin, ditador soviético, após a Segunda Guerra, para desafiar a Igreja, perguntou quantas legiões de soldados tinha o Papa; é pena que ele não tivesse sobrevivido até hoje para ver o que aconteceu com o comunismo...
    Muitos filhos da Igreja derramaram o seu sangue por amor a Cristo e a ela. Em 1988, Monsenhor Ignatius Ong Pin-Mei, Bispo de Shangai, no dia seguinte de sua libertação, depois de passar 30 longos anos nas prisões da China, por amor a Cristo e fidelidade à Igreja Católica, declarou: 
   "Eu fiquei fiel à Igreja Católica Romana. Trinta anos de prisão não me mudaram. "Eu guardei a fé. Eu estou pronto amanhã a voltar novamente à prisão para defender minha fé." (PR).
   Igualmente o Cardeal da Tchecoslováquia, Frantisek Tomasek, arcebispo de Praga, no ano de 1985, nos tempos difíceis da perseguição comunista, perguntado por um repórter: "Eminência, não está cansado de combater sem êxito?", respondeu: 
    "Digo sempre uma coisa: quem trabalha pelo Reino de Deus faz muito; quem reza, faz mais, quem sofre, faz tudo. Este tudo é exatamente o pouco que se faz entre nós na Tchecoslováquia." (IL Sabato 8, 14/ 06/85, pág. 11), (Revista PR, n. 284, jan 86).
    É bom recordar aqui que, alguns anos depois, em 1989, o comunismo começava a desmoronar em toda a Cortina de Ferro... 
    Todas as outras "igrejas" cristãs são derivadas da Igreja Católica; a ortodoxa de Constantinopla rompeu com Roma em 1050; as protestantes em 1517; a anglicana, em 1534, e assim por diante. Ninguém pode negar, segundo os Evangelhos, que a Igreja primitiva seja a Igreja Católica, fundada por Jesus sobre Pedro e os Apóstolos. Isto é um dado histórico suficiente.
 
 

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